Por que me mostrais o espetáculo da iniqüidade, e contemplais vós mesmo essa desgraça? Só vejo diante de mim opressão e violência, nada mais que discórdias e contendas,
porque a lei se acha desacreditada, e não se vê mais a justiça; porque o Ãmpio cerca o justo, e a eqüidade encontra-se falseada.
Olhai para as nações e vede. Ficareis assombrados, pasmos, porque vou realizar em vossos dias uma obra, que não acreditarÃeis, se vo-la contassem.
Seus cavalos são mais ligeiros que as panteras, mais ágeis que os lobos da noite. Seus cavaleiros precipitam-se; eles vêm de longe, e voam como águia que se atira sobre a presa.
Todos correm para a violência, olhos fixos diante de si; amontoam cativos como grãos de areia.
Esse povo zomba dos reis, os prÃncipes são o objeto de seus gracejos; ele se ri de todas as fortalezas: levanta montões de terra e toma-as.
Não sois vós, Senhor, desde o princÃpio, o meu Deus, o meu Santo, o Imortal? Senhor, vós destinastes este povo para fazer justiça, o Rochedo, vós o designastes para aplicar castigos.
Vossos olhos são por demais puros para verem o mal, não podeis contemplar o sofrimento. Por que olharÃeis os Ãmpios e vos calarÃeis, enquanto o malvado devora o justo?