No primeiro ano do reinado de Baltazar, rei de Babilônia, Daniel, estando em seu leito, teve um sonho e visões surgiram em seu espÃrito. Consignou por escrito esse sonho e a substância dos fatos.
Apareceu em seguida outro animal semelhante a um urso; erguia-se sobre um lado e tinha à boca, entre seus dentes, três costelas. Diziam-lhe: Vamos! Devora bastante carne!
Como estivesse ocupado em observar esses chifres, eis que surgiu, entre eles outro chifre menor, e três dos primeiros foram arrancados para dar-lhe lugar. Este chifre tinha olhos idênticos aos olhos humanos e uma boca que proferia palavras arrogantes.
SaÃdo de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos.
Quis ser informado sobre os dez chifres que tinha na cabeça, bem como a respeito desse outro chifre que havia surgido e diante do qual três chifres haviam caÃdo, esse chifre que tinha olhos e uma boca que proferia palavras arrogantes, e parecia maior do que os outros.
Os dez chifres indicam dez reis levantando-se nesse reino. Mas depois deles surgirá outro, diferente, que destronará três.
Proferirá insultos contra o AltÃssimo, e formará o projeto de mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues ao seu poder durante um tempo, tempos e metade de um tempo.
Mas realizar-se-á o julgamento e lhe será arrancado seu domÃnio, para destruÃ-lo e suprimi-lo definitivamente.
Aqui terminou o discurso (a mim dirigido). Quanto a mim, Daniel, meus pensamentos transtornaram-me a ponto de me mudar de cor. Mas conservei tudo isso em meu coração.