Desce de teu trono, agacha-te ao solo, virgem, filha de Babilônia; assenta-te no chão, sem trono, filha dos caldeus! Já não serás chamada a delicada e a voluptuosa.
Senta-te em silêncio, mergulha na escuridão, filha dos caldeus, porque não mais te chamarão a soberana dos reinos.
Sem dúvida eu me havia irritado contra meu povo, profanei minha herança, entreguei-o nas tuas mãos; mas tu o trataste sem piedade, fizeste pesar duramente teu jugo sobre o ancião.
Agora, portanto, ouve isto, voluptuosa, que reinas em segurança, que dizes em teu coração: Eu e nada mais que eu! Não conhecerei a viuvez, nem a perda de meus filhos.
Ora, uma calamidade virá sobre ti e não saberás conjurá-la; a catástrofe vai desabar sobre ti sem que possas impedi-la. Repentinamente alcançar-te-á uma ruÃna que não terás sabido evitar.
Ei-los como argueiros de palha que o fogo consumirá; não poderão escapar às investidas da chama. (Não será um braseiro onde se coze o pão, nem um fogo perto do qual se assenta).
Eis o que valerão teus feiticeiros que tens procurado consultar desde tua juventude. Eles fogem espavoridos, cada qual para seu lado, sem que nenhum venha em teu socorro.