Quem, jamais, vai à guerra à sua custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
Se entre vós semeamos bens espirituais, será, porventura, demasiada exigência colhermos de vossos bens materiais?
Se outros se arrogam este direito sobre vós, não o temos muito mais? Entretanto, não temos feito uso deste direito: sofremos tudo para não pôr obstáculo algum ao Evangelho de Cristo.
Não sabeis que os ministros do culto vivem do culto, e que os que servem ao altar participam do altar?
Então em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio gratuitamente, sem usar do direito que esta pregação me confere.
Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possÃvel.
Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da lei, embora o não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da lei.
Para os que não têm lei, fiz-me como se eu não tivesse lei, ainda que eu não esteja isento da lei de Deus - porquanto estou sob a lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm lei.
Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.
E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.
Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais.
Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptÃvel. Nós o fazemos por uma coroa incorruptÃvel.
Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar.
Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluÃdo depois de eu ter pregado aos outros.