Uns afirmavam: É Elias! Diziam outros: É um profeta como qualquer outro.
Ouvindo isto, Herodes repetia: É João, a quem mandei decapitar. Ele ressuscitou!
Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de HerodÃades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado.
Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia.
A filha de HerodÃades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
E jurou-lhe: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino.
Ela saiu e perguntou à sua mãe: Que hei de pedir? E a mãe respondeu: A cabeça de João Batista.
Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista.
O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar.
Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere,
trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe.
Ouvindo isto, os seus discÃpulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro.
Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado.
Ele disse-lhes: Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer.
Partiram na barca para um lugar solitário, à parte.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes.
Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães.
Imediatamente ele obrigou os seus discÃpulos a subirem para a barca, para que chegassem antes dele à outra margem, em frente de Betsaida, enquanto ele mesmo despedia o povo.
E despedido que foi o povo, retirou-se ao monte para orar.
À noite, achava-se a barca no meio do lago e ele, a sós, em terra.
Vendo-os se fatigarem em remar, sendo-lhes o vento contrário, foi ter com eles pela quarta vigÃlia da noite, andando por cima do mar, e fez como se fosse passar ao lado deles.
À vista de Jesus, caminhando sobre o mar, pensaram que fosse um fantasma e gritaram;
pois todos o viram e se assustaram. Mas ele logo lhes falou: Tranqüilizai-vos, sou eu; não vos assusteis!
E subiu para a barca, junto deles, e o vento cessou. Todos se achavam tomados de um extremo pavor,
pois ainda não tinham compreendido o caso dos pães; os seus corações estavam insensÃveis.
Percorrendo toda aquela região, começaram a levar, em leitos, os que padeciam de algum mal, para o lugar onde ouviam dizer que ele se encontrava.
Onde quer que ele entrasse, fosse nas aldeias ou nos povoados, ou nas cidades, punham os enfermos nas ruas e pediam-lhe que os deixassem tocar ao menos na orla de suas vestes. E todos os que tocavam em Jesus ficavam sãos.