Disse-me o Senhor: Vai e compra um cinto de linho e coloca-o sobre os rins, sem contudo mergulhá-lo na água.
Comprei-o, conforme ordenara o Senhor, e com ele me cingi.
Pela segunda vez, assim me falou o Senhor:
Toma o cinto que compraste e que trazes contigo e encaminha-te para as margens do Eufrates. Lá ocultarás esse cinto na cavidade de um rochedo.
Fui assim escondê-lo, junto do Eufrates, como me havia dito o Senhor.
Tempos depois, voltou o Senhor a dizer-me: Põe-te a caminho em demanda das margens do Eufrates, a fim de buscar o cinto que, conforme minhas ordens, lá escondeste.
Esse povo perverso que recusa executar-me as ordens, que segue os pendores do coração empedernido, que corre aos deuses estranhos para render-lhes homenagens e prostrar-se ante eles, tornar-se-á semelhante a esse cinto sem mais serventia alguma.
Se não prestardes ouvidos, a minha alma derramará lágrimas em segredo por vosso orgulho, e meus olhos se fundirão em pranto, por causa da deportação do rebanho do Senhor.
Dize ao rei e à rainha: sentai-vos no chão, porque caiu de vossa cabeça o diadema que a ornava.
As cidades do sul estão fechadas, e não há quem as abra. Judá foi arrebatada; completou-se a deportação.
Ergue os olhos; vê os que chegam do norte. Onde está o rebanho que te fora confiado, onde os carneiros que constituÃam tua glória?
Que dirás, quando Deus te der por senhores aqueles que exercitaste contra ti? E acaso não se apossarão de ti dores quais as da mulher que está de parto?
Se vieres a dizer em teu coração: Por que me acontecem tais coisas? É por causa da enormidade de tua falta que foram levantadas as tuas vestes e puseram brutalmente teu calcanhar a nu.
Pode um etÃope mudar a própria pele? Ou um leopardo apagar as malhas de que se reveste? E vós, como podereis praticar o bem, se estais impregnados de maldade?
Eu os dispersarei como palha que o vento do deserto arrebata.