Se o que pede emprestado pode restituir, nega-se a princÃpio. Restitui em seguida só a metade da quantia, e a considera como um lucro.
Se não tem meios para pagar, priva o que emprestou do seu dinheiro, e dele se faz gratuitamente um inimigo.
Ele o paga com ofensas e maldições, e paga com o mal o bem que recebeu.
Muitos não emprestam, não por maldade, mas por medo de serem injustamente iludidos.
Todavia, sê indulgente para com o miserável, e não o faças esmorecer depois da esmola.
Por causa do mandamento, socorre o pobre; e não o deixes ir com as mãos vazias na sua indigência.
Perde o teu dinheiro em favor de teu irmão e de teu amigo; não o escondas debaixo de uma pedra para ficar perdido.
Gasta o teu tesouro segundo o preceito do AltÃssimo, e isso te aproveitará mais do que o ouro.
Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará por ti a fim de te preservar de todo o mal.
(16-18) Para combater o teu inimigo, ela será uma arma mais poderosa do que o escudo e a lança de um homem valente.
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O homem de bem responsabiliza-se pelo próximo; o homem sem pejo abandona-o a si próprio.
Não esqueças o benefÃcio daquele que se responsabiliza por ti, pois ele arriscou a vida para te amparar.
O pecador e o impudico fogem de seu fiador;
o pecador atribui a si mesmo o benefÃcio de quem por ele se responsabiliza, e com coração ingrato abandona o seu libertador.
Um homem se responsabiliza pelo seu próximo, e este, perdendo a vergonha, o abandonará.
Um mau penhor perdeu muitas pessoas que prosperavam, e as agitou como as ondas do mar;
por uma reviravolta das coisas, ele exilou muitos poderosos, que se tornaram peregrinos em terra estrangeira.
O pecador que transgride o mandamento do Senhor, comprometer-se-á a responder inoportunamente por outro; e aquele que tentar muitos empreendimentos não escapará do processo.