LÃsias, seu tutor e ministro, acompanhava-o; eles comandavam as tropas gregas, elevando-se a cento e dez mil infantes, cinco mil e trezentos cavaleiros, vinte e dois elefantes e trezentos carros armados de foices.
Menelau havia se ajuntado a eles e intervinha perfidamente junto ao rei, não a favor de sua pátria, mas tendo em mira a confirmação de sua dignidade.
Ora, havia ali uma torre de cinqüenta côvados, cheia de cinza e munida de um instrumento giratório que, de todos os lados, precipitava essa cinza.
Era lá que qualquer culpado de roubo sacrÃlego, ou de algum outro crime particularmente grave, era lançado à morte pela multidão.
Foi nesse suplÃcio que morreu Menelau, o prevaricador, que não recebeu assim sepultura alguma.
E isso foi justo, porque ele havia pecado bastante contra o altar que sustenta o fogo puro e a cinza, e foi na cinza que ele encontrou a morte.
Nesse meio tempo, o rei avançava, imaginando os mais bárbaros planos, decidido a empregar contra os judeus os piores castigos imaginados por seu pai.
Sabendo disso, Judas mandou que o povo invocasse o Senhor, noite e dia, para que nessa circunstância, mais do que nunca, ele viesse em socorro daqueles que estavam ameaçados de perder a lei, a pátria e o templo.
Que ele não permitisse que o povo, apenas um pouco aliviado, recaÃsse sob os golpes das nações perversas.
Rezaram todos juntos e invocaram o Senhor misericordioso, entre lágrimas, jejuns, prostrados três dias consecutivos; Judas exortou-os e disse-lhes que estivessem preparados;
Depois de ter entregue a seus homens a senha Vitória de Deus, tomou consigo os mais corajosos entre os jovens, e partiu de noite, a fim de atacar o acampamento que abrigava o rei. Mataram cerca de dois mil homens, massacraram o principal elefante e seu condutor e
por fim espalharam pelo campo o terror e a confusão; e obtido esse êxito, retiraram-se.
Despontava o dia, quando cessou este ataque, graças à proteção de Deus.
Provando a audácia dos judeus, tentou o rei apoderar-se das fortificações por estratagemas.